Distribuidora Carvalho & Bittencourt inaugura 4º CD

A distribuidora Carvalho & Bittencourt, que atende mais de 4,5 mil PDVs farmacêuticos em cinco estados do Norte e Nordeste, inicia operações de seu quarto CD. O novo complexo está situado em Fortaleza (CE) e soma-se aos galpões logísticos localizados em Belém (PA), São Luís (MA) e Teresina (PI).

Com 1,2 mil metros quadrados, o empreendimento recebeu R$ 3 milhões de investimentos. Com a filial cearense, a distribuidora de medicamentos quer somar cerca de mil novos cadastros à sua carteira. “Do total de farmácias regionais e independentes com as quais mantemos parceria, cerca de 2,8 mil efetuam pedidos mensais. Queremos elevar esse patamar para a casa dos 3 mil a 3,5 mil”, afirma o sócio-proprietário Kenard Rocha, em entrevista exclusiva ao Panorama Farmacêutico.

Fundada em 1997, a Carvalho & Bittencourt carrega muito mais experiência do que seus 27 anos. Afinal, seu sócio-proprietário acumula em torno de três décadas de trajetória no mercado farmacêutico. “Era supervisor de vendas e fui convidado para atuar na distribuição exclusiva do Grupo NC no estado do Pará”, relembra.

Mas a transição para o empreendedorismo não foi tão simples. Natural do Maranhão, Rocha passou seis meses em viagens constantes entre os dois estados no começo de sua jornada profissional. “Durante o fim de semana, só conseguia ficar 24 horas com a minha família e tinha que pegar a estrada de volta para o Pará. Mas essa resiliência valeu a pena e pavimentou nosso crescimento”, conta.

Distribuidora Carvalho & Bittencourt aposta em marcas próprias

Nos primeiros 16 anos da distribuidora Carvalho & Bittencourt, o foco foi a comercialização de medicamentos do Grupo NC. Em 2012, a empresa passou a pulverizar sua rede de fornecedores e o mix para o varejo. Agora, as atenções voltam-se para marcas próprias e a associação com a Rede Integração Farma, da qual a empresa faz parte desde a fundação.

“Chegar a uma unanimidade é muito difícil em um país de dimensões continentais e em um setor pulverizado. Mas durante nossas reuniões, conseguimos discutir e elencar as melhores soluções para cada realidade”, enfatiza. “O enfraquecimento da indústria nacional levou o distribuidor a sofrer as consequências, mas acredito que aquele que se reinventar, achará o caminho”, completa.

Distribuidora espera mais flexibilidade da indústria

Na visão de Kenard Rocha, o desenvolvimento do atacado farmacêutico poderia ser acelerado se houvesse mais flexibilidade por parte da indústria farmacêutica. “É fato que esse segmento empenha vultosos investimentos em pesquisa e inovação, mas é o que tem maior margem em comparação à nossa atividade e ao próprio varejo, que convive de perto com as oscilações do consumo. Mesmo assim, os laboratórios vêm sendo irredutíveis na concessão de prazos mais generosos”, argumenta.

“Além de atuarem como hubs financeiros do varejo em muitas ocasiões, as distribuidoras ainda realizam a operação logística para a indústria. Revisar as condições comerciais, no fim das contas, é uma tarefa necessária ao fortalecimento da própria cadeia”, complementa.