São Paulo sedia feira dedicada ao uso medicinal da cannabis
por Redação
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São Paulo recebe de 3ª (3.mai.2022) a 6ª feira (6.mai) a Medical Cannabis Fair, dedicada ao uso medicinal de produtos derivados da cannabis. Até o momento, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já autorizou a comercialização de 14 produtos à base da planta no Brasil.
A Medical Cannabis Fair, parte da Medical Fair Brasil, é o maior evento dedicado ao uso medicinal da cannabis no Brasil. Será realizada no Expo Center Norte e tem entrada gratuita. Estarão presentes mais de 30 expositores de países como Brasil, Estados Unidos, Israel e Uruguai. A expectativa dos organizadores é que 15.000 profissionais da saúde passem pelo local.
Em paralelo à feira ocorre o Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal. O evento terá palestras dedicadas a temas como regulamentação, uso medicinal da planta, legislação, negócios e mercado nacional e internacional (confira a programação aqui). Para assistir aos debates é preciso pagar. A venda é feita no site do congresso. A organização dos 2 eventos é do Sechat, portal brasileiro dedicado ao uso medicinal da cannabis.
Mercado
A autorização da Anvisa permite que os produtos à base de cannabis sejam importados e comercializados em farmácias e drogarias no Brasil, mediante prescrição médica. Segundo a agência, foram concedidas 68.775 permissões de importação de medicamentos desse tipo no Brasil de 2015 a 2021.
Dados da New Frontier Data indicam que o setor da cannabis medicinal pode movimentar até R$ 4,7 bilhões por ano no Brasil e criar 300 mil empregos diretos.
“É um momento de ebulição e de instalação de uma nova indústria no Brasil que facilitará a milhões de pacientes o acesso a medicamentos produzidos com derivados da cannabis”, disse o neurocirurgião Pedro Pierro Neto, diretor científico do Sechat e curador do congresso.
A Kaya Mind, empresa responsável por coletar e analisar dados do setor, elaborou o relatório “Impacto Econômico da Cannabis” em meados de 2021. A companhia calcula que, se o Brasil regulamentasse todos as aplicações da planta –uso medicinal e industrial–, o país poderia arrecadar em torno de R$ 9.5 bilhões com o mercado nos 4 anos subsequentes à promulgação da lei.
Fonte: Poder360
