Faturamento com vendas de suplementos cresce 39% em 2024

Um levantamento da Scanntech, empresa especializada em serviços de tecnologia da informação, revelou que o volume de vendas de suplementos cresceu, assim como a receita das companhias desse segmento.

Os dados disponibilizados pelo estudo evidenciam um aumento de 39,3% no faturamento acumulado até junho, enquanto o volume de vendas no ano cresceu 17,8% em 2024, quando comparado ao período anterior.

Buscas por saúde impulsionam aumento nas vendas de suplementos

Ainda de acordo com o relatório, diversos fatores influenciam o bom resultado do segmento. O aumento no número de pessoas buscando vidas mais saudáveis e a popularização desses produtos no meio digital são algumas das variáveis mais influentes.

O termo “melhor magnésio”, por exemplo, registrou um aumento significativo em seu número de pesquisas nos últimos cinco anos, de acordo com dados do Google Trends. Multivitamínicos, ácidos graxos (especialmente o ômega 3), minerais (liderados pelo cálcio), vitaminas (sobretudo a vitamina C) e apoiadores de imunidade são os suplementos mais consumidos no país, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad).

Lucas Ramos, gerente de inteligência de mercado da Scanntech, ressaltou também a democratização da categoria, que passou a estar presente não apenas em lojas especializadas, mas também em PDVs mais familiares ao consumidor comum.

Golpes também se tornaram mais populares

Acompanhando o aumento do consumo dessa categoria de produtos, o volume de golpes também alavancou nos últimos anos. Em 2023 a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) recebeu 78 denúncias de distribuição e fabricação de suplementos falsificados ou contrabandeados, número duas vezes maior do que no ano anterior.

Outro problema enfrentado pelo setor, e noticiado pelo Panorama Farmacêutico, é a comercialização de produtos que oferecem resultados abaixo do esperado. Um estudo publicado pela  Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) em outubro reprovou 18 marcas de creatina que apresentavam uma variação na concentração acima do permitido pela lei.